adventos Cristicos

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domingo, 8 de abril de 2012

APARIÇÃO DE JESUS PÓS-MORTE

APARIÇÃO DE JESUS PÓS-MORTE Muito se conjeturou a respeito de Jesus, o Nazareno Mestre, após o Seu desencarne... No Evangelho constam algumas aparições do Mestre aos Seus simpatizantes, mas em nenhuma ficou registrada a Sua convivência, pós-morte, com Maria, a Sua Excelsa Mãe. Por certo, outras visitas foram feitas pelo Amado Mestre a Maria. S. Genaro, em nome das Sagradas Fileiras, através da psicografia de Therezinha Teixeira Pereira de Carvalho, escreveu: ...E eis que a tosca vivenda, iluminada por etéricos magnetos, fez-se, uma vez mais, projeção no Cosmo-Luz, qual Divina fagulha alavancada para a Eternidade, à semelhança do nascituro e seu coto de sustentação vital... Naquele sublimado instante, como de muitas outras feitas, fez-se Ele presença viva, embora configurado em sutilíssima essência imaterial, imensurável e incorruptível. Era a própria representação da Divindade Crística contida na Grandeza do Amado Filho, porém não único, posto que outros Lhe teceram o tapete... Como em sacratíssimo aquiescer, até mesmo as pedras ásperas, que se ofereciam à guisa de trilha aos caminhantes que àquela singela habitação se dirigiam, tornaram-se repentinamente lisas, macias e desprovidas dos ressaltos que lhes caracterizavam a passagem acidentada... O rude revestimento de sombrio tom, numa mistura ocre de grossa argila e saibro inferior, instantaneamente resplandeceu, qual se caiada de pouco estivesse, à espera de Seu Excelso Amo e Senhor... Os arbustos de frutos secos e as flores esmaecidas pela aridez da terra ingrata subitamente irradiaram cor, vitalidade e gratidão pela inusitada umidade do solo... O poço, de há muito ressequido pela ausência de chuvas e inclemência da tórrida estação, jorrou água por todos os poros, qual cristalina fonte fincada no ocaso... As aves domésticas e os pássaros livres, que já ameaçavam bater em retirada face às condições ambientais, nada pródigas em víveres, quase que por encanto aquietaram seus instintos e se saciaram diante da abundância ali repercutida... Assim, tudo se acomodava, se adequava, se apascentava perante a vibrante e magnânima Figura visitante, prestes a adentrar o radioso recinto... Se o tempo estagnou, não sabemos nem nos é provável confirmar... Entretanto, há que nos propiciar a Luz o perfeito redarguir para, posteriormente, concluir, em saudável consenso: como almado Ser tudo se nos afigurou extraordinário, gigantesco e insólito, porque a limitação carnal assim proclamou, mas os olhos de ver permitiram um concreto registro para, muito mais tarde, promover, em Nós Outros, o transcendente reconhecer... E Ele deslizou suavemente por entre a curiosa natureza que, humílima, O reverenciava, antevendo a beleza do reencontro – Mãe terrena/Filho igualmente terreno, refeito em suprema fluidez, posto que espírito ascensionado... Havemos, pois, de Lhe reproduzir o colóquio, em sereníssimo diálogo, cujo altíssimo teor repousa placidamente no Sagrado Relicário (A Arca do Desconhecido)... Ouçamos: “Que a Paz Universal esteja convosco, agora e permaneça nesta morada.” Ela, afogueada pela superior emoção, fazia projetado ao infinito o brilho vítreo do reluzente olhar... Então, em carinhoso gesto, respondeu-Lhe à saudação: “A Paz, traze-a Vós, ó Mestre de meus caminhos, ainda escuros antes do Vosso prenúncio, mas fartamente iluminados pela Luz de Vossa Face.” A quietude, sem alardes, fez refletir no santificado recinto a radiosidade de Seu Sublime Convidado e tudo, sem exceção, vibrou em sonoridade qual invisível corda tangida pela Eternidade... Embora o dinamismo ambiental não se pudesse contestar, mais que nunca se percebeu a beleza dos rústicos objetos ali dispostos, posto que jaziam na perfeição naturalíssima que o momento enfocava, fazendo destacar-se um belo cacho de uvas douradas, arranjadas com simetria entre as rosadas romãs, aguardando imóveis no tabuleiro que Ele as tocasse, transformando-as em elementos vivificados para todo o sempre... 2012-04-08 José Capinha