quinta-feira, 22 de abril de 2010
Está na hora do Homem olhar para a Mãe-Terra com Amor e não destruí-la como tem estado acontecer nos últimos tempos.
Na Terra como no Céu
1 – Como Surgiram as primeiras religiões
Ao longo dos Séculos e Milénios tem aparecido várias correntes de pensamento filosóficas e religiões.
Segundo Omraam: - Houve duas que se destacaram, unindo-se mais tarde uma terceira! A Cristã.
A Filosofia de Moisés, que trouxe às criaturas um regime de disciplina e rigor no comprimento das Leis Divinas.
O Budismo que influenciou o ser humano a amar as “Leis da Natureza” e envolver-se com o “Sagrado Deus Oculto”, embora nunca disse-se que a “Terra deveria ser como o Céu”.
Estas duas correntes fundiram-se e foram aperfeiçoadas com o “Advento do Cristo” trazido por “Jesus”, que veio revelar que na “Terra fosse feito tal como no Céu”.
2 – Como se pode revelar o Céu aqui na Terra?
Para que a terra seja como o Céu, não basta dizer: - “Seja feita a tua vontade, assim na Terra como no Céu”, porque assim nada mudará.
A religião de Jesus é a mais elevada espiritualidade orientada para um trabalho a realizar aqui na Terra.
E todos aqueles que se refugiaram nos Conventos, nos Mosteiros ou nas Grutas fizeram bem, mas a maioria só pensava na sua alma, o que eles queriam era salvar a sua alma, e isso não é amor, isso não é ensinamento do Cristo.
Jesus trouxe um ensinamento de amor e fraternidade que não existia até então na Terra.
Quando Jesus dizia: - “Jerusalém, Jerusalém, quantas vezes eu quis reunir os teus filhos, como uma galinha reúne os seus pintainhos debaixo das suas asas”.
Desta parábola subentende-se uma vida de fraternidade e de amor entre os homens.
E quando “Jesus” orava para que tudo na Terra fosse como no Céu, era porque no “Alto” todas as criaturas são como um só ser.
Compreende-se, amam-se, comunicam-se entre si, ao passo que aqui na Terra elas estão separadas, divididas, são hostis. A ordem que existe no “Alto” ainda está longe de se instalar na Terra.
3 – Na Tábua e Esmeralda
Hermes Trismegisto afirma: - “O que está em Baixo é como o que está em Cima”.
Isto quer dizer que tudo o que está em “Baixo”, na Terra, é como o que está em “Cima”, no Céu.
Se compararmos esta frase à de Jesus: - “Seja feita a tua vontade, assim na Terra como no Céu”.
Podemos dizer que Hermes Trismegisto constata uma coisa, ao passo que Jesus a deseja.
Quando Hermes Trismegisto diz que o que está em Baixo é como o que está em Cima, ele refere-se aos três mundos – “Mineral, Vegetal e Animal” – que são, um reflexo fiel do mundo do Alto.
O Mundo humano é o único para o qual não se pode dizer: - “O que está em Baixo é como o que está em Cima”.
Foi por isso que Jesus formulou o desejo: “Seja feita a tua vontade, assim na Terra” – Isto é no mundo dos humanos – como no Céu”
Hermes Trismegisto possuía: “ a Ciência dos três mundos”, daí o seu nome “Trismegisto” – Três vezes Grande.
Quanto ao mundo dos homens, foi Jesus que se ocupou dele.
Ao dizer: - “Seja feita a tua vontade, assim na Terra como no Céu”.
Que cada um deve trabalhar para se harmonizar com a ordem cósmica.
4 - Infelizmente, não foi essa a interpretação que os homens lhe deram.
Eles repetem esta frase vezes sem conta, mas não se sentem obrigados a introduzir o “Reino de Deus” em si próprios.
Eles querem que ele venha, sem mais nem menos, do exterior, para que possam beneficiar dele.
Contudo, desse modo ele nunca virá.
5 – Como pedir a vinda do Reino de Deus?
Cada um deve procurá-lo primeiro em si mesmo, que depois ele se materializará também no exterior.
Só nesse condição é que o “Reino de Deus” poderá vir á Terra.
Como podia ele materializar-se em humanos cujo coração e intelecto estão cheios de desordem de egoísmo e maldade.
As verdadeiras transformações exteriores só se podem dar depois das transformações interiores.
Nada pode surgir exteriormente sem ter vindo primeiro interiormente.
O “Reino de Deus” não poderá existir exteriormente se não existir primeiro interiormente.
O “Reino de Deus” na Terra é uma Ordem Social construída por seres esclarecidos, desinteressados e animados por um alto ideal.
E ela só se pode manter graças ao seu carácter, às sua qualidades e virtudes.
6 – A maioria dos homens ainda não a compreendeu a grandeza do Reino de Deus.
A maioria dos homens procedem como se tivessem vindo à terra apenas para comer, para beber, para se divertir, para fazer tolices, ou então para sofrer e ser infeliz.
7 – O homem tem necessidade de sofrer para mudar a sua conduta.
Nos planos Superiores, a matéria é tão subtil que obedece instantaneamente ao pensamento, à imaginação, à vontade.
E assim acontece com todas as actividades:
Se o homem permanecesse nas regiões subtis, onde o trabalho de criação é tão fácil, ele não se desenvolveria muito.
Por isso é que ele vem à Terra para fazer aparecer, através da matéria opaca e grosseira, e beleza e o esplendor de Deus.
8 – Porque é que o homem tem necessidade de comer?
Aquilo que se come é Terra, embora preparada sob a forma de legumes e de frutos, mas é terra, e essa terra deve passar através de nós para ser engolida, digerida, depois eliminada.
Engolida, digerida, engolida... até ficar repleta das emanações e das vibrações produzidas pelos nossos pensamentos e pelos nossos sentimentos.
Ao passar através de nós, a Terra dá-nos alguma coisa, mas também recebe, os nossos sentimentos, os nossos pensamentos, a nossa vitalidade, e por isso ela já não é a mesma que era no passado longínquo.
Está muito mais evoluída, mais subtil, mais inteligente, porque todas as criaturas que já viveram no planeta tiveram uma acção sobre ela.
9 – Cada um de nós tem a tarefa de transformar a Terra.
No final da jornada o Senhor dirnos-á: - “Tendes sido bons trabalhadores no meu campo. Entrai, trabalhadores meus, no Reino da minha alegria e da minha Glória”.
Nos Evangelhos de Jesus na parábola: - “Dos servos e talentos”
Os trabalhadores que fizeram render os seus talentos foram recompensados, ao passo que aquele que enterrou o seu foi punido.
Este mau servidor representa aqueles que só pensam em divertir-se, em aproveitar-se egoísticamente da vida.
O Cristo-Jesus ensinou-nos que todos os talentos que o Senhor nos deu devem servir-nos para trabalhar para o bem de todos.
10 – O sentido da vida é a evolução.
Há um Sentido, um Projecto, uma Lei, que impele a Criação a evoluir.
Todos os que contribuírem para essa evolução são ajudados e apoiados.
Até os Minerais evoluem, embora a sua evolução seja imperceptível, mas é real.
As pedras preciosas, são minerais evoluídos que emanam virtudes benéficas.
As Plantas também evoluem, e quanto mais evoluem, mais dão flores e frutos nutritivos, benéficos e com propriedades curativas.
O mesmo acontece com os animais e com os homens, e até com o nosso sistema solar.
A Lei da Vida, é a evolução, o desenvolvimento até á perfeição.
Tal como Jesus nos pedir que nos tornássemos perfeitos como o “Pai Celeste”, foi porque ele sabia que o objectivo da evolução é a perfeição.
11 – A Criação
Toda a criação é o resultado do trabalho do espírito e da matéria, pois o Universo não é outra coisa senão “espírito e matéria”.
Também podemos substituir a palavra espírito pela palavra “Força ou Energia”.
Só que, falando de “Força” em vez de “Espírito”, fica-se privado de todas as qualidades do Espírito: - “a inteligência, a consciência, o amor etc.”.
Em todo o caso ninguém pode negar que tudo no Universo, gira em torno de duas realidades, que lhe chamamos “Espírito e Matéria - Força e Matéria”, ou princípio masculino e princípio feminino.
Os cientistas não observaram esse movimento involutivo, porque ele se realiza no mundo subtil.
12 – Não se pode fazer evolução sem a participação do espírito.
É ele que contém a vida, a consciência, é ele que impele a matéria, as formas, as criaturas, para a perfeição.
Podemos representar esta ideia por dois triângulos:
Um, com a ponta virada para baixo, é o símbolo do espírito que desce á matéria para animar, para vivificar.
O outro, com a ponta virada para cima, é a matéria que quer evoluir para se reunir ao espírito.
Devemos trabalhar com o triângulo do espírito, que é o da realização, da manifestação, no plano físico, para subir e nos libertarmos da Terra.
Tal como Jesus dizia, na oração dominical: - “Venha a nós o Teu Reino, seja feita a Tua Vontade, assim na Terra como no Céu”.
Está a chegar a época em que já não se deve procurar a salvação refugiando-se no Céu.
Esta atitude foi boa em dado momento, mas agora, devemos empenhar-nos num trabalho glorioso para trazer o Céu à Terra.
13 – Mas como conseguir isso?
O triângulo do espírito mostra-nos como trabalhar nesse sentido.
O discípulo deve procurar o Céu, mas quando o alcança deve procurar fazer descer a Luz que está no Céu, o Amor que está no Céu, a Força que está no Céu, a Pureza que está no Céu, para derramar sobre si, e sobre todos os que o rodeiam.
Após anos de esforço, ele consegue reunir o espírito e a matéria, e realizar plenamente o símbolo do selo de Salomão.
14 – Estar ligado ao Céu e trabalhar para a Terra.
Muitos dizem que preferem trabalhar para o Céu.
Certo, mas deviam saber que o Céu não tem necessidade deles, pois ele é pleno e rico.
Aqui na Terra é que há necessidade de nós.
O que não quer dizer voltar as costas ao Céu, não, pelo contrário, é preciso ficar ligado ao Céu para poder ajudar os outros.
15 – Porque é que algumas pessoas hão-de ficar sempre coladas á família e aos amigos. É porque os amam?
Não, eles não os amam, ou amam-nos mal.
Embora não os deixem morrer de fome, deixam-nos morrer porque são incapazes de alimentar o seu coração, a sua alma, e isso não é amor.
16 – Há que ser capaz de viver no Céu, mas não se contentar em lá permanecer.
No domínio da espiritualidade e da religião também é preciso realizar.
Para muitas pessoas, a religião fica na cabeça ou no coração, e elas agem contrariamente ao que pensam e crêem.
Elas não compreenderam como é que a “inteligência Cósmica” concebeu as coisas.
Primeiro, deve-se pensar, em seguida, desejar e finalmente, trabalhar para realizar.
No domínio espiritual a realização, faz-se através dos gestos, da atitude e do trabalho.
17 – Devemos abandonar conceitos antigos.
Chegou a época em que os seres já não devem trabalhar apenas para si próprios, mas para a terra inteira, para toda a humanidade.
A imortalidade está no Alto, a luz está no Alto, a harmonia está no Alto, a paz, a beleza, tudo o que é subtil está no Alto.
18 – Mas porque é que tudo o que está em cima não haveria de encarnar-se em baixo, no plano físico?
É em primeiro lugar no corpo físico.
É que a vida celeste impregna o corpo físico e irradia através dele.
Então, sim, o “Reino de Deus” virá, e cada um de nós será uma luz, um sol, cada um será uma fonte.
Há que aceitar o ensinamento do Triângulo da Involução, do Triângulo do Espírito, e deixar de seguir exclusivamente o ensinamento do Triângulo da Matéria.
19 – A Matéria tende para cima e o Espírito tende para Baixo.
Os humanos não fazem mais do que agir em conformidade com princípios estabelecidos desde a eternidade Cósmica.
A Matéria que deve espiritualizar-se e o Espírito que deve materializar-se encontram-se no espaço para se unir e criar.
20 – É preciso fazer descer o Espírito.
Para isso, nas nossas orações, nas nossas meditações, devemos pedir que essa luz, esse espírito, esse poder Divino, desça até nós, para impregnar as nossas células.
Depois de termos trabalhado assim durante anos sentiremos, um dia, que o Céu está em nós, que a luz está em nós, que o amor está em nós.
Mas se, com o pretexto de viver espiritualmente nos tornarmos ressequidos, não só somos inúteis, como ainda por cima afastamos os outros da espiritualidade.
21 – É necessário que o Espírito desça.
Quando o Espírito descer á Matéria é que nascerá o filho, isto é, o “Reino de Deus” e a sua beleza.
O que de novo vem: “Fazer descer todos os esplendores, as bênçãos, a luz e a paz do Céu, sobre a Terra”.
Primeiro sobre a nossa Terra, o nosso corpo físico, e depois a Terra inteira, entre todos os humanos.
Conforme diz Omraam: - Portanto, em vez de ficar-vos juntos dos eleitos a beber, a comer e a divertir-vos, pensai que podeis fazer descer o Céu, que ele irradia através de vós sobre toda a terra, que sois uma luz sobre a terra”:
2010-04-22 José Capinha
1 – Como Surgiram as primeiras religiões
Ao longo dos Séculos e Milénios tem aparecido várias correntes de pensamento filosóficas e religiões.
Segundo Omraam: - Houve duas que se destacaram, unindo-se mais tarde uma terceira! A Cristã.
A Filosofia de Moisés, que trouxe às criaturas um regime de disciplina e rigor no comprimento das Leis Divinas.
O Budismo que influenciou o ser humano a amar as “Leis da Natureza” e envolver-se com o “Sagrado Deus Oculto”, embora nunca disse-se que a “Terra deveria ser como o Céu”.
Estas duas correntes fundiram-se e foram aperfeiçoadas com o “Advento do Cristo” trazido por “Jesus”, que veio revelar que na “Terra fosse feito tal como no Céu”.
2 – Como se pode revelar o Céu aqui na Terra?
Para que a terra seja como o Céu, não basta dizer: - “Seja feita a tua vontade, assim na Terra como no Céu”, porque assim nada mudará.
A religião de Jesus é a mais elevada espiritualidade orientada para um trabalho a realizar aqui na Terra.
E todos aqueles que se refugiaram nos Conventos, nos Mosteiros ou nas Grutas fizeram bem, mas a maioria só pensava na sua alma, o que eles queriam era salvar a sua alma, e isso não é amor, isso não é ensinamento do Cristo.
Jesus trouxe um ensinamento de amor e fraternidade que não existia até então na Terra.
Quando Jesus dizia: - “Jerusalém, Jerusalém, quantas vezes eu quis reunir os teus filhos, como uma galinha reúne os seus pintainhos debaixo das suas asas”.
Desta parábola subentende-se uma vida de fraternidade e de amor entre os homens.
E quando “Jesus” orava para que tudo na Terra fosse como no Céu, era porque no “Alto” todas as criaturas são como um só ser.
Compreende-se, amam-se, comunicam-se entre si, ao passo que aqui na Terra elas estão separadas, divididas, são hostis. A ordem que existe no “Alto” ainda está longe de se instalar na Terra.
3 – Na Tábua e Esmeralda
Hermes Trismegisto afirma: - “O que está em Baixo é como o que está em Cima”.
Isto quer dizer que tudo o que está em “Baixo”, na Terra, é como o que está em “Cima”, no Céu.
Se compararmos esta frase à de Jesus: - “Seja feita a tua vontade, assim na Terra como no Céu”.
Podemos dizer que Hermes Trismegisto constata uma coisa, ao passo que Jesus a deseja.
Quando Hermes Trismegisto diz que o que está em Baixo é como o que está em Cima, ele refere-se aos três mundos – “Mineral, Vegetal e Animal” – que são, um reflexo fiel do mundo do Alto.
O Mundo humano é o único para o qual não se pode dizer: - “O que está em Baixo é como o que está em Cima”.
Foi por isso que Jesus formulou o desejo: “Seja feita a tua vontade, assim na Terra” – Isto é no mundo dos humanos – como no Céu”
Hermes Trismegisto possuía: “ a Ciência dos três mundos”, daí o seu nome “Trismegisto” – Três vezes Grande.
Quanto ao mundo dos homens, foi Jesus que se ocupou dele.
Ao dizer: - “Seja feita a tua vontade, assim na Terra como no Céu”.
Que cada um deve trabalhar para se harmonizar com a ordem cósmica.
4 - Infelizmente, não foi essa a interpretação que os homens lhe deram.
Eles repetem esta frase vezes sem conta, mas não se sentem obrigados a introduzir o “Reino de Deus” em si próprios.
Eles querem que ele venha, sem mais nem menos, do exterior, para que possam beneficiar dele.
Contudo, desse modo ele nunca virá.
5 – Como pedir a vinda do Reino de Deus?
Cada um deve procurá-lo primeiro em si mesmo, que depois ele se materializará também no exterior.
Só nesse condição é que o “Reino de Deus” poderá vir á Terra.
Como podia ele materializar-se em humanos cujo coração e intelecto estão cheios de desordem de egoísmo e maldade.
As verdadeiras transformações exteriores só se podem dar depois das transformações interiores.
Nada pode surgir exteriormente sem ter vindo primeiro interiormente.
O “Reino de Deus” não poderá existir exteriormente se não existir primeiro interiormente.
O “Reino de Deus” na Terra é uma Ordem Social construída por seres esclarecidos, desinteressados e animados por um alto ideal.
E ela só se pode manter graças ao seu carácter, às sua qualidades e virtudes.
6 – A maioria dos homens ainda não a compreendeu a grandeza do Reino de Deus.
A maioria dos homens procedem como se tivessem vindo à terra apenas para comer, para beber, para se divertir, para fazer tolices, ou então para sofrer e ser infeliz.
7 – O homem tem necessidade de sofrer para mudar a sua conduta.
Nos planos Superiores, a matéria é tão subtil que obedece instantaneamente ao pensamento, à imaginação, à vontade.
E assim acontece com todas as actividades:
Se o homem permanecesse nas regiões subtis, onde o trabalho de criação é tão fácil, ele não se desenvolveria muito.
Por isso é que ele vem à Terra para fazer aparecer, através da matéria opaca e grosseira, e beleza e o esplendor de Deus.
8 – Porque é que o homem tem necessidade de comer?
Aquilo que se come é Terra, embora preparada sob a forma de legumes e de frutos, mas é terra, e essa terra deve passar através de nós para ser engolida, digerida, depois eliminada.
Engolida, digerida, engolida... até ficar repleta das emanações e das vibrações produzidas pelos nossos pensamentos e pelos nossos sentimentos.
Ao passar através de nós, a Terra dá-nos alguma coisa, mas também recebe, os nossos sentimentos, os nossos pensamentos, a nossa vitalidade, e por isso ela já não é a mesma que era no passado longínquo.
Está muito mais evoluída, mais subtil, mais inteligente, porque todas as criaturas que já viveram no planeta tiveram uma acção sobre ela.
9 – Cada um de nós tem a tarefa de transformar a Terra.
No final da jornada o Senhor dirnos-á: - “Tendes sido bons trabalhadores no meu campo. Entrai, trabalhadores meus, no Reino da minha alegria e da minha Glória”.
Nos Evangelhos de Jesus na parábola: - “Dos servos e talentos”
Os trabalhadores que fizeram render os seus talentos foram recompensados, ao passo que aquele que enterrou o seu foi punido.
Este mau servidor representa aqueles que só pensam em divertir-se, em aproveitar-se egoísticamente da vida.
O Cristo-Jesus ensinou-nos que todos os talentos que o Senhor nos deu devem servir-nos para trabalhar para o bem de todos.
10 – O sentido da vida é a evolução.
Há um Sentido, um Projecto, uma Lei, que impele a Criação a evoluir.
Todos os que contribuírem para essa evolução são ajudados e apoiados.
Até os Minerais evoluem, embora a sua evolução seja imperceptível, mas é real.
As pedras preciosas, são minerais evoluídos que emanam virtudes benéficas.
As Plantas também evoluem, e quanto mais evoluem, mais dão flores e frutos nutritivos, benéficos e com propriedades curativas.
O mesmo acontece com os animais e com os homens, e até com o nosso sistema solar.
A Lei da Vida, é a evolução, o desenvolvimento até á perfeição.
Tal como Jesus nos pedir que nos tornássemos perfeitos como o “Pai Celeste”, foi porque ele sabia que o objectivo da evolução é a perfeição.
11 – A Criação
Toda a criação é o resultado do trabalho do espírito e da matéria, pois o Universo não é outra coisa senão “espírito e matéria”.
Também podemos substituir a palavra espírito pela palavra “Força ou Energia”.
Só que, falando de “Força” em vez de “Espírito”, fica-se privado de todas as qualidades do Espírito: - “a inteligência, a consciência, o amor etc.”.
Em todo o caso ninguém pode negar que tudo no Universo, gira em torno de duas realidades, que lhe chamamos “Espírito e Matéria - Força e Matéria”, ou princípio masculino e princípio feminino.
Os cientistas não observaram esse movimento involutivo, porque ele se realiza no mundo subtil.
12 – Não se pode fazer evolução sem a participação do espírito.
É ele que contém a vida, a consciência, é ele que impele a matéria, as formas, as criaturas, para a perfeição.
Podemos representar esta ideia por dois triângulos:
Um, com a ponta virada para baixo, é o símbolo do espírito que desce á matéria para animar, para vivificar.
O outro, com a ponta virada para cima, é a matéria que quer evoluir para se reunir ao espírito.
Devemos trabalhar com o triângulo do espírito, que é o da realização, da manifestação, no plano físico, para subir e nos libertarmos da Terra.
Tal como Jesus dizia, na oração dominical: - “Venha a nós o Teu Reino, seja feita a Tua Vontade, assim na Terra como no Céu”.
Está a chegar a época em que já não se deve procurar a salvação refugiando-se no Céu.
Esta atitude foi boa em dado momento, mas agora, devemos empenhar-nos num trabalho glorioso para trazer o Céu à Terra.
13 – Mas como conseguir isso?
O triângulo do espírito mostra-nos como trabalhar nesse sentido.
O discípulo deve procurar o Céu, mas quando o alcança deve procurar fazer descer a Luz que está no Céu, o Amor que está no Céu, a Força que está no Céu, a Pureza que está no Céu, para derramar sobre si, e sobre todos os que o rodeiam.
Após anos de esforço, ele consegue reunir o espírito e a matéria, e realizar plenamente o símbolo do selo de Salomão.
14 – Estar ligado ao Céu e trabalhar para a Terra.
Muitos dizem que preferem trabalhar para o Céu.
Certo, mas deviam saber que o Céu não tem necessidade deles, pois ele é pleno e rico.
Aqui na Terra é que há necessidade de nós.
O que não quer dizer voltar as costas ao Céu, não, pelo contrário, é preciso ficar ligado ao Céu para poder ajudar os outros.
15 – Porque é que algumas pessoas hão-de ficar sempre coladas á família e aos amigos. É porque os amam?
Não, eles não os amam, ou amam-nos mal.
Embora não os deixem morrer de fome, deixam-nos morrer porque são incapazes de alimentar o seu coração, a sua alma, e isso não é amor.
16 – Há que ser capaz de viver no Céu, mas não se contentar em lá permanecer.
No domínio da espiritualidade e da religião também é preciso realizar.
Para muitas pessoas, a religião fica na cabeça ou no coração, e elas agem contrariamente ao que pensam e crêem.
Elas não compreenderam como é que a “inteligência Cósmica” concebeu as coisas.
Primeiro, deve-se pensar, em seguida, desejar e finalmente, trabalhar para realizar.
No domínio espiritual a realização, faz-se através dos gestos, da atitude e do trabalho.
17 – Devemos abandonar conceitos antigos.
Chegou a época em que os seres já não devem trabalhar apenas para si próprios, mas para a terra inteira, para toda a humanidade.
A imortalidade está no Alto, a luz está no Alto, a harmonia está no Alto, a paz, a beleza, tudo o que é subtil está no Alto.
18 – Mas porque é que tudo o que está em cima não haveria de encarnar-se em baixo, no plano físico?
É em primeiro lugar no corpo físico.
É que a vida celeste impregna o corpo físico e irradia através dele.
Então, sim, o “Reino de Deus” virá, e cada um de nós será uma luz, um sol, cada um será uma fonte.
Há que aceitar o ensinamento do Triângulo da Involução, do Triângulo do Espírito, e deixar de seguir exclusivamente o ensinamento do Triângulo da Matéria.
19 – A Matéria tende para cima e o Espírito tende para Baixo.
Os humanos não fazem mais do que agir em conformidade com princípios estabelecidos desde a eternidade Cósmica.
A Matéria que deve espiritualizar-se e o Espírito que deve materializar-se encontram-se no espaço para se unir e criar.
20 – É preciso fazer descer o Espírito.
Para isso, nas nossas orações, nas nossas meditações, devemos pedir que essa luz, esse espírito, esse poder Divino, desça até nós, para impregnar as nossas células.
Depois de termos trabalhado assim durante anos sentiremos, um dia, que o Céu está em nós, que a luz está em nós, que o amor está em nós.
Mas se, com o pretexto de viver espiritualmente nos tornarmos ressequidos, não só somos inúteis, como ainda por cima afastamos os outros da espiritualidade.
21 – É necessário que o Espírito desça.
Quando o Espírito descer á Matéria é que nascerá o filho, isto é, o “Reino de Deus” e a sua beleza.
O que de novo vem: “Fazer descer todos os esplendores, as bênçãos, a luz e a paz do Céu, sobre a Terra”.
Primeiro sobre a nossa Terra, o nosso corpo físico, e depois a Terra inteira, entre todos os humanos.
Conforme diz Omraam: - Portanto, em vez de ficar-vos juntos dos eleitos a beber, a comer e a divertir-vos, pensai que podeis fazer descer o Céu, que ele irradia através de vós sobre toda a terra, que sois uma luz sobre a terra”:
2010-04-22 José Capinha
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